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20/07/2022

Endometriose e Adenomiose: doenças que podem afetar o útero das mulheres

 

 

Recentemente, a cantora Anita foi diagnosticada com endometriose, uma doença inflamatória, provocada por células do endométrio (tecido que envolve o útero). Este problema, muitas vezes tardiamente diagnosticado, causa alguns sintomas, dentre eles uma dor intensa durante o período menstrual, em especial.

Assim como Anitta, a jornalista Ana Cristina Spannemberg custou a descobri a causa das dores que sentia. Foram 11 anos sentindo dor intensa até descobrir a doença. “Eu só tinha uma semana por mês sem dor. Eu começava a sentir dor duas semanas antes de menstruar e durante a menstruação, que era um fluxo muito intensa que durava uma semana. Depois vinha uma semana de alívio e já começava tudo de novo”, conta a jornalista. 

Na época, Ana Cristina procurou um ginecologista na cidade gaúcha de Passo Fundo, onde ela morava. Ela lembra que o médico lhe falou da possibilidade de endometriose, mas que ainda haviam poucos estudos sobre ela. “Hoje tem exames de imagem que ajudam no diagnóstico. Na época, por volta do ano 2001, não tinha”, lembra.


TRATAMENTO SUGERIDO

A jornalista conta que o médico sugeriu que fosse feita uma videolaparoscopia. Durante o exame foi confirmado o diagnóstico e o médico aproveitou que a jornalista estava anestesiada para já cauterizar os focos de endometriose que encontrou.

Ao cauterizar os focos o ginecologista acabou com o que tinha da doença naquele momento e recomendou que a jornalista passasse a tomar remédios para não menstruar mais, prevenindo, desta forma, o surgimento de novos focos da doença.

Na época que descobriu a doença, Ana Cristina tinha a informação de que provavelmente, devido a doença, teria dificuldades de engravidar, mas, no caso dela, esta possibilidade acabou não se confirmando. Hoje ela é mãe de duas meninas.

Hoje com 44 anos, a jornalista segue com tomando medicamentos para prevenir, além da endometriose a ademonisse - uma doença similar a endometriose, que ela descobriu que tinha logo após a primeira gravidez. “Eu tinha decidido parar de tomar anticoncepcional e tinha optado por um DIU, que não suspende a menstruação. Acabei voltando a sentir dores e descobri que agora estava com ademoniose e a suspensão da menstruação foi novamente o tratamento indicado pelo médico”, relatou.


MAS AFINAL O QUE É ENDOMETRIOSE

É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.     


Principais sintomas:

• Sangramentos intestinais e urinários durante a menstruação;

• Sangramento menstrual intenso e irregular; 

• Dor intensa em relações sexuais; 

• Dor pré-menstrual, chegando a acontecer uma ou duas semanas antes da menstruação acontecer de fato e acometendo o abdômen;

• Fadiga e cansaço;

• Infertilidade ou dificuldade maior para engravidar; 

• Diarreia.


O diagnóstico é feito por exames clínico e por exames de laboratório e de imagem, como: ultrassom, ressonância magnética, visualização de lesões por laparoscopia.

O tratamento para endometriose deve ser feito de acordo com a orientação do ginecologista. Ele tem o objetivo aliviar os sintomas, principalmente a dor, o sangramento e a infertilidade.


E ADEMONIOSE O QUE É

Similar a endometriose, a adenomiose é uma doença ginecológica benigna, que geralmente afeta mulheres acima de 30 anos de idade que tiveram um histórico de gravidez. Ela consiste na invasão da parede muscular do útero pelo tecido endometrial.

As causas desta doença ainda não foram identificadas, mas especialistas acreditam em fatores genéticos, como uma maior predisponibilidade de desenvolver esse tipo de alteração, ou ainda fatores ambientais, hormonais e estilo de vida.


Alguns sintomas da ademoniose são:

• Cólica menstrual forte;

• Irregularidade menstrual;

• Dores pélvicas;

• Aumento do fluxo menstrual;

• Alterações gastrointestinais.


O diagnóstico da adenomiose é feito com base no histórico de saúde da paciente, exames clínicos e exames de imagem. O tratamento será definido de acordo com o histórico de saúde de casa paciente, podendo ser com medicamentos, hormonal e cirúrgico.